MENSAGEM A GARCIA !
Elbert Hubbard – fevereiro de 1899
ESTAMOS MANDANDO A TODOS ESTA MENSAGEM DE FIM DE ANO,
UM FELIZ NATAL E PRÓSPERO 2017, COM AS BENÇÃOS DE DEUS
!
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Em
todo este caso cubano, um homem se destaca no horizonte de minha memória.
Quando
irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava aos
americanos era comunicar-se, rapidamente, com o chefe dos revoltosos – chamado
Garcia - que se encontrava em uma fortaleza desconhecida, no interior do sertão
cubano. Era impossível um entendimento com ele pelo correio ou pelo telégrafo.
No
entanto, o Presidente precisava de sua colaboração, e isso o quanto antes. Que
fazer? Alguém lembrou: "Há um homem
chamado Rowan... e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, esta pessoa é
Rowan”. Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta
com a incumbência de entregá-la a Garcia.
Não vêm ao caso
narrar aqui como esse homem tomou a carta, guardou-a num invólucro impermeável,
amarrou a ao peito e, após quatro dias, saltou de um pequeno barco, alta noite,
nas costas de Cuba; ou como se embrenhou no sertão para, depois de três
semanas, surgir do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil, e
entregue a carta a Garcia.
O
ponto que desejo frisar é este: Mac Kinley deu a Rowan uma carta destinada a
Garcia; Rowan tomou-a e nem sequer perguntou: "Onde é que ele está?”. Eis
aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze e sua estátua colocada em
cada escola. Não é só de sabedoria que a juventude precisa... Nem de instruções
sobre isto ou aquilo. Precisa, sim, de um endurecimento das vértebras para
poder mostrar-se altiva no exercício de um cargo; para atuar com diligência;
para dar conta do recado; para, em suma, levar uma mensagem a Garcia. O General
Garcia já não é deste mundo, mas há outros Garcias.
A
nenhum homem que se tenha empenhado em levar adiante uma tarefa em que a ajuda
de muitos se torne precisa tem sido poupados momentos de verdadeiro desespero
ante a passividade de grande número de pessoas ante a inabilidade ou falta de
disposição de concentrar a mente numa determinada tarefa... e fazê-la.
A
regra geral é: assistência regular, desatenção tola, indiferença irritante e
trabalho malfeito. Ninguém pode ser verdadeiramente bem-sucedido, exceto se
lançar mão de todos os meios ao seu alcance, para obrigar outras pessoas a
ajudá-lo, a não ser que Deus Onipotente, na sua grande misericórdia, faça um
milagre enviando-lhe, como auxiliar, um anjo de luz. Leitor amigo, tu mesmo podes
tirar a prova. Está sentado no teu escritório, rodeado de meia dúzia de
empregados.
Pois
bem, chama um deles e pede-lhe: "Queria ter a bondade de consultar a
enciclopédia e de fazer a descrição resumida da vida de Corrégio".
Dar-se-á o caso de o empregado dizer, calmamente: - "Sim, senhor" e
executar o que lhe pediste? Nada disso! Olhar-te-á admirado para fazer uma ou
algumas das seguintes perguntas: - Quem é Corrégio? - Que enciclopédia? - Onde
está a enciclopédia? - Fui contratado para fazer isso? - E se Carlos o fizesse?
- Esse sujeito já morreu? - Precisa disso com urgência? - Não seria melhor eu
trazer o livro para o Senhor procurar? - Para que quer saber isso?
Eu
aposto dez contra um que, depois de haveres respondido a tais perguntas e
explicado a maneira de procurar os dados pedidos, e a razão por que deles
precisas, teu empregado irá pedir a um companheiro que o ajude a encontrar
Corrégio e depois voltará para te dizer que tal homem nunca existiu.
Evidentemente pode ser
que eu perca a aposta, mas, seguindo uma regra geral, jogo na certa. Ora, se fores prudente, não te darás ao
trabalho de explicar ao teu "ajudante" que Corrégio se escreve com
"C" e não com "K", mas limitar-te-á a dizer calmamente, esboçando
o melhor sorriso: - "Não faz mal... não se incomode".
É
essa dificuldade de atuar independentemente, essa fraqueza de vontade, essa
falta de disposição de, solicitamente, se por em campo e agir, é isso o que
impede o avanço da humanidade, fazendo-o recuar para um futuro bastante remoto.
Se os homens não tomam a iniciativa de agir em seu próprio proveito, que farão
se o resultado de seu esforço resultar em benefício de todos? Por enquanto
parece que os homens ainda precisam ser dirigidos.
O
que mantém muitos empregados no seu posto e o faz trabalhar é o medo de, se não
o fizer, ser despedido ou transferido no fim do mês. Anuncia-se precisar de um
taquígrafo e nove entre dez candidatos à vaga não saberão ortografar nem
pontuar, e - o que é pior - pensa não ser necessário sabê-lo. – "Olhe
aquele funcionário - dizia o chefe de uma grande fábrica”.
É
um excelente funcionário. Contudo, se eu lhe perguntasse por que seu trabalho é
necessário ou por que é feito dessa maneira e não de outra, ele seria incapaz
de me responder. Nunca deve ter pensado nisso. Faz apenas aquilo que lhe
ensinaram, há mais de 3 anos, e nem um pouco a mais".
"Será
possível confiar-se a tal homem uma carta para entregá-la a Garcia?”. Conheço
um homem de aptidões realmente brilhantes, mas sem a fibra necessária para
dirigir um negócio próprio e que ainda se torna completamente nulo para
qualquer outra pessoa devido à suspeita que constantemente abriga de que seu
patrão o esteja oprimindo ou tencione oprimi-lo.
Sem
poder mandar, não tolera que alguém o mande. Se lhe fosse confiada a mensagem a
Garcia retrucaria, provavelmente: - "Leve-a você mesmo!". Hoje esse
homem perambula errante, pelas ruas em busca de trabalho, em estado quase de
miséria. No entanto, ninguém se aventura a dar-lhe trabalho porque é uma
personificação do descontentamento e do espírito da discórdia.
Não
aceitando qualquer conselho ou advertência, a única coisa capaz de nele
produzir algum efeito seria um bom pontapé dado com a ponta de uma bota 44,
sola grossa e bico largo. Pautemos nossa conduta por aqueles homens, dirigente
ou dirigida, que realmente se esforçam por realizar o seu trabalho. Aqueles
cujos cabelos ficam mais cedo envelhecidos na incessante luta que estão
desempenhando contra a indiferença e a ingratidão, justamente daqueles que, sem
o seu espírito empreendedor, andariam famintos e sem lar.
Estarei
pintando o quadro com cores por demais escuras? Não há excelência na nobreza de
si mesmo; farrapos não servem de recomendação. Nem todos os ricos são gananciosos
e tiranos, da mesma forma que nem todos os pobres são virtuosos. Todas as
minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha, fazendo o que deve ser feito,
melhorando o que pode ser melhorado, ajudando sem exigir ajuda.
É
o homem que, ao lhe ser confiada uma carta para Garcia, toma a missiva e, sem a
intenção de jogá-la na primeira sarjeta, entrega-a ao destinatário. Esse homem
nunca ficará "encostado", nem pedirá que lhe façam favores.
A
civilização busca ansiosamente, insistentemente, homens nessa condição. Tudo
que tal homem pedir, se lhe há de conceder. Precisa-se dele em cada vila, em
cada lugarejo, em cada escritório, em cada oficina, em cada loja, fábrica ou
venda.
O
grito do Brasil e do mundo inteiro
praticamente se resume nisso:
“PRECISA-SE - E PRECISA-SE COM URGÊNCIA
- DE UM HOMEM CAPAZ DE LEVAR UMA
MENSAGEM A GARCIA”.
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TCHAU E BOA SEMANA !!
Grande artigo Marco. Dos melhores! Parabéns! Aguinaldo Rehfeld
ResponderExcluirBOM DIA AMIGO REHFELD !!!
ResponderExcluirTUDO BEM COM VOCÊ SUA FAMÍLIA ???
COMO SEMPRE O AMIGO, COMO LEITOR ASSÍDUO DOS MEUS RABISCOS TEM UMA
DE SUAS GRANDES QUALIDADES EM SER "PRÓDIGO NOS ELOGIOS E COMEDIDO NAS CRÍTICAS !!!
COMENTÁRIOS DE PESSOAS COMO VOCÊ QUE NOS MANTÉM ESCREVENDO.
SEJO UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO 2017 PARA A "FAMÍLIA REHFELD...HO,HO,HO !!!