“Às vezes acho que nasci na década errada...
Tenho princípios que já se perderam.
Amo coisas que já não se dá mais valor.”
A proximidade do dia dos Finados, onde recordamos aqueles entes queridos, que já partiram desta vida nos faz dar uma parada no tempo e refletir...sim refletir !!!
Ao percorrer os meandros do Cemitério Pio XII, olhando aquele local que está uma “verdadeira cidade dentro de uma cidade”, nos leva a pensar como somos muitas vezes “mesquinhos e pequenos” perante a vida e esquecemo-nos que a morte nos nivelará.
As mesmas “30 moedas” pelas quais Judas, o Escariote, entregou Jesus Cristo aos Romanos, hoje se denomina “corrupção”. Não são mais “30 Moedas, são milhões, bilhões de moedas” que aviltam a sociedade que muitas vezes perde seus princípios e valores morais.
Com combate “pífio” a máquina da corrupção, sorrateiramente, se mistura em todos os segmentos da sociedade organizada seja pública e privada, comprando e corrompendo tudo o que encontra pela frente.
A “corrupção” não é feita sozinha, existe o “corruptor ativo e o corrupto passivo”...qual deles é o pior !?!
A “desagregação familiar” causada por inúmeros motivos como: drogas, desemprego, educação, segurança, saneamento básico, a falta de atendimento médico para a recuperação da saúde.
O “aviltamento e abandono”, entre outros, de princípios religiosos como o “sacramento do casamento”, desrespeitando as palavras de Deus que disse: “crescei e multiplicai-vos”, destruiu os princípios de uma vida familiar, onde o matrimônio gerava filhos e assim prosseguia a criação de novas gerações.
Hoje, matam-se pessoas por qualquer ou por nenhuma razão. Poucos ainda respeitam os valores éticos e morais que nos foram ensinados por nossos pais há dezenas de anos atrás. “Honestidade” que era e, é obrigação de cada um de nós, “virou virtude”, tal o descalabro social estapafúrdico em que vivemos.
Filhos e filhas que não respeitam os pais. Pais e mães que não educam adequadamente seus filhos, até porque não tiveram uma educação para serem pais e mães.
Se você faz uma ajuda ou beneficia alguém, este dia é a “Véspera da Ingratidão” !!! Temos muitas experiências a respeito, que se reveladas causariam espanto !!!
As Leis que deveriam pautar nosso condicionamento social são feitas aos “montões”. Para cada Lei criada existem “muitas sacanagens para burlar estas Leis”, e por aí vai. Tem que se ter cautela para acreditar nos Poderes Constituidos, como o Executivo, Legislativo e até o Judiciário que tem que ser guardião e distribuidor da Justiça. Basta ler qualquer jornal, ouvir rádio e ver televisão e lá estão escancaradas notícias de tudo de ruim que ocorre nestes Poderes.
E assim poderíamos, por muito tempo, ficar descrevendo situações e situações que são sobejamente conhecidas de todos nós.
Por estas e outras razões que iniciamos o artigo com o pensamento acima: “Às vezes acho que nasci na década errada...Tenho princípios que já se perderam, amo coisas que já não se dá mais valor” !!!
O AMOR E O DESAMOR !
No final da tarde, sentados em um banco na Avenida central de Erechim, meditando sobre estas coisas que estávamos sentindo, alguém sentou ao nosso lado. Era uma pessoa não desconhecida, mas também não era de nossas relações mais amiúde.
Pacientemente, ele “escutou nossas queixas”. Ao finalizar perguntamos o que ele achava sobre nossas preocupações !?! Sua resposta foi uma só palavra: “DESAMOR”...!!!
“Desamor” !?! Sim, ele respondeu, e emendou: Ás vezes lentamente ou mesmo rapidamente, os seres humanos estão se esquecendo do “amor em todos os sentidos” e ao isto fazer perdem o sentimento mais nobre que deve vingar entre nós. Dito isto, assim como veio, foi embora.
O ÁGAPE – PADRE MARCELO ROSSI !
Voltando para casa ainda pensando no que havia dito aquela pessoa sobre o “amor e desamor”, encontramos na mesa do escritório o livro “ÁGAPE”. Foi publicado pelo Padre Marcelo Rossi que aborda questões como amor, tolerância, humildade e perdão.
Abrindo-o, aleatoriamente encontramos a parte que ele transcreve o pensamento de um sábio e conselheiro Chinês que ensinava:
“A inteligência sem amor te faz perverso. A justiça sem amor te faz implacável. A diplomacia sem amor te faz um hipócrita. O êxito sem amor te faz arrogante. A riqueza sem amor te faz avarento. A docilidade sem amor te faz servil. A pobreza sem amor te faz orgulhoso. A beleza sem amor te faz ridículo. A autoridade sem amor te faz tirano. O trabalho sem amor te faz escravo. A simplicidade sem amor te deprecia. A lei sem amor te escraviza. A política sem amor te deixa egoísta. A VIDA SEM AMOR...NÃO TEM SENTIDO”.
Conclui: Que o amor dá significado às relações. Tornamo-nos mais dóceis, mais inteiros, mais comprometidos com o outro. Enfrentamos a dor com mais grandeza.
No prefácio que abre este livro diz:
“O mal não pode vencer o bem. Se as atrocidades nos incomodam, se a banalização da violência nos assusta, é preciso ir além. Além do que nossos olhos podem ver, além do que nossos sentidos podem captar. É preciso ir além e chegar ao recôndito do nosso coração onde só a linguagem da alma, dos sentimentos, da simplicidade da fé é capaz de alcançar”.
Que bom que nem tudo está perdido, ainda... Mas continuamos a pensar que, pelo que vemos, ouvimos e lemos:
“Ás vezes acho que nasci na década errada...Tenho princípios que já
se perderam, amo coisas que já não tem mais valor” !!!
Ainda mais, estamos "cheios das meias verdades e mentiras inteiras". Para bom entendedor, meia palavra basta !!!
Por hoje é só, medite um pouco...Tchau e bom fim de semana !
Nenhum comentário:
Postar um comentário