AMIGOS E AMIGAS INTERNAUTAS, FELIZ PÁSCOA !
Comungando a Fé que professamos, diante da
superposição dos Eventos religiosos da Semana Santa que se transformaram em
mais um “feriado”...pelo menos para nós os Católicos, que deixam de lado suas
crenças substituindo-as, por momentos de lazer, as vezes desenfreados, vamos “refletir um pouco, sobre nossas tradições
religiosas” !7
Claro que precisamos de “lazer, descanso do dia a dia”, mas é possível fazê-lo, sem “deixar de refletir e reciclar nossa Fé e religiosidade” !!!
Então este
BLOG é alerta, ainda é tempo de termos
nosso lazer, sem que isto transforme o nosso Mundo em outras “Sodomas e Gomorras” !!!
Eis ai uma “Homilia
sobe a Páscoa”, para quem quiser refletir sobe “Fé, Religião, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo !!!
HOMILIA
DE CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA !
Nesta
tarde de Sexta-Feira Santa a Cruz ergue-se como o sinal maior do amor de Deus
e apresenta-se como o único caminho válido do amor humano. Diante dela as
palavras são simples adornos e o silêncio de contemplação é gerador de gestos
que protagonizam a vida. Nela se revela a sabedoria de Deus, a única que
ilumina todos os caminhos dos homens e os faz ser sempre precursores de novas
auroras de ressurreição.
“Sou Eu”.
Esta
expressão do Evangelho segundo São João que se lê na liturgia deste dia não é
somente a afirmação de uma identidade humana, mas tem, na interpretação da
Escritura, um valor teológico ou seja é uma afirmação de que Jesus é o Filho
de Deus.
Diante
dos que O procuram para lhe dar a morte, Ele avança, cumprindo o que fora
profetizado nos cantos do Servo do Senhor: não recuou um passo, apresentou-se
diante deles, não vacilou.
Enquanto
Filho de Deus, “ele próprio entregou a sua vida à morte”, obedeceu sempre e
em tudo, amou até ao fim. Poderia Deus agir de outro modo, Ele que tem
entranhas de misericórdia e se comove infinitamente com o sofrimento e com a
morte dos seus filhos? Poderia deixá-los entregues a si mesmos e no caminho
da perdição eterna, o fruto dos seus pecados? Não. Porque como declara o
profeta Oséias, Ele é Deus e não um homem é o Santo de Israel.
Jesus
avança confiante no Pai e não permite que alguém duvide da sua decisão: “Já
vos disse que sou Eu. Por isso, se é a Mim que buscais, deixai que estes se retirem”.
E não permite sequer que alguém use de violência para livrar de cumprir a sua
missão e de salvar aqueles que lhe foram confiados pela entrega da sua vida à
morte: “mete a tua espada na bainha. Não hei-de beber o cálice que meu Pai Me
deu?”.
Se há
um preço a pagar para que todos sejam salvos, não há que hesitar nem recuar.
Esse é o contributo que Lhe cabe dar para que isso aconteça; esse é o caminho
a percorrer e nisso consiste a prova do seu amor, que nunca é a busca do
próprio bem pessoal, mas sempre a procura desinteressada do bem dos outros.
Quando
procuramos a novidade do cristianismo, o seu distintivo inequívoco é aqui que
o encontramos. Não seria autêntico nem verdadeiramente novo sem os
acontecimentos que celebramos em Sexta-Feira Santa, porque seria porventura
uma mensagem bela, mas não provada pelo sacrifício e pela morte de cruz.
De
entre todos os raciocínios e argumentos que possamos aduzir para referir à
verdade da fé cristã, sobressai um, qual selo da sua autenticidade: a morte
de Cristo na cruz, a prova do amor de Deus por nós.
“Não sou”.
Num
contraste bem claro com o “sim” de Jesus, expresso na sua solene apresentação
por palavras e pela oferta da sua vida na cruz, próprio do modo de agir de
Deus, surge o “não” de Pedro, expresso na sua fuga a Deus, à cruz e à
entrega. Às perguntas insistentes que lhe dirigem durante o julgamento acerca
da sua identidade, ele responde por três vezes, “não sou”.
Nas
palavras e na atitude de Pedro reflete-se este que é, tão frequentemente, o
modo de agir dos homens, o nosso modo de agir, diante das exigências do amor
de Deus e do amor dos homens.
Centrado
em si mesmo, obcecado pela defesa da sua própria vida, não aceita a cruz,
fecha-se ao amor e acaba por
permitir
a morte e, quando não por protagonizar uma cultura de morte. O grão
de trigo lançado à terra, se morre, dá muito fruto, se não morre, fica só,
como Jesus dissera.
“Estava junto à cruz de
Jesus, sua Mãe...”
O
Evangelho não pode deixar de salientar a outra versão das possíveis atitudes
humanas diante de Jesus e diante dos irmãos. Fé por meio da referência a Sua
Mãe e às outras mulheres que acompanham e permanecem de pé junto à cruz,
participando de todos os momentos e sentindo elas mesmas como sua a cruz de
Jesus.
Desta
maneira o Evangelho nos sugere o modo de nos situarmos diante da cruz de
Jesus, diante da nossa cruz e diante da cruz dos homens, nossos irmãos, de
pé, e afirmando claramente por palavras e atitudes: aqui estou
Eis o
modelo para o cristão, eis o caminho da Igreja, figurada na pessoa de Maria,
a Mãe de Jesus, como é característica do evangelista S. João.
Nesta
tarde de Sexta-Feira Santa, contemplando Jesus suspenso na cruz,
confrontamo-nos com a nossa resposta ao amor de Deus.
Onde está o nosso coração?
– perguntava, há dias, o Papa Francisco.
Onde está o nosso
coração? – pergunta-nos o Senhor, hoje, a nós.
Sem
coração, sem amor e sem cruz acolhida e aceite, a nossa e a dos outros, não
há salvação para a humanidade já sobre esta terra. E todos os dias nos
confrontamos com sinais da ausência de coração, nas famílias que não acolhem
o amor que não se sacrificam pela vida, pela unidade e comunhão dos seus
membros, nas políticas que não respeitam a dignidade da pessoa humana, nas
relações laborais que exploram e escravizam, nos detentores do capital que
não ouve o clamor dos pobres, nos crentes que esquecem que apenas a caridade
jamais acabará.
Respondendo
ao convite do papa Francisco na Exortação Apostólica “Evangelii gaudium”,
nós, os cristãos, quando se trata de agir e assumir responsabilidades no
mundo, seremos os primeiros – o que ele chamou “primeirear” -
adiantar-nos-emos a todos os outros, tomaremos a iniciativa quando se trata
de tomarmos todas as cruzes humanas, próprias e alheias.
Como
Jesus, diremos:
Sou eu, aqui estou; como Maria permaneceremos de pé, sentindo
a cruz dos outros, como a nossa própria cruz.
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Tchau, feliz
Páscoa...e até Terça Feira, 22, com novas Matérias !
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